Obama diz que América Latina está pronta para assumir papel maior

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira em pronunciamento em Santiago do Chile que a América Latina é "mais importante do que nunca" para a prosperidade e a segurança dos Estados Unidos.

"É uma região em progresso, pronta para assumir um grande papel no mundo", disse Obama. "Não posso falar de todas as políticas do passado. Mas posso certamente falar do presente e do futuro", acrescentou.
"É importante para nós aprender com a história, compreender nossa história, mas não sermos prisioneiros dela, porque teremos inúmeros desafios no futuro".

Obama --que esteve no Brasil no final de semana, como parte de um giro pela América Latina ofuscado pelos ataques aéreos dos EUA e aliados na Líbia-- também fez uma crítica ao governo de Cuba, pedindo que as autoridades cubanas "respeitem os direitos básicos" dos cidadãos.

Mais cedo, em entrevista coletiva ao lado do presidente chileno, Sebastián Piñera, Obama, destacou o "progresso da cooperação entre Washington e Santiago" e disse que a parceria entre os dois países é crucial não só para a região, "mas também para o mundo".

Durante o curto e objetivo pronunciamento, o presidente americano não só destacou o avanço das relações entre os dois países mas identificou algumas áreas nas quais os EUA querem focar a cooperação com o Chile.

Entre elas está o setor ambiental. Obama afirmou que um conselho específico para o setor energético deve ser criado entre os dois países. Um dos objetivos é a troca de experiências na busca de novas matrizes de geração de energia.

Obama saudou ainda a grande capacidade de renovação da sociedade e da economia chilenas após o terremoto que atingiu o país em 2010, e elogiou ainda a condução do processo de recuperação conduzido pelo colega chileno, Sebastían Piñera.

"Nossos dois países terão mais cooperação e troca de tecnologia também em como lidar com desastres naturais, uma área na qual o Chile tem muito conhecimento", disse.

PROTESTOS

Os dias que antecederam a visita do presidente americano foram marcados pelas manifestações durante o final de semana em Santiago, que questionavam o papel dos Estados Unidos durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-90) e exigiam um "pedido de desculpas".

Nesta segunda-feira, entre 300 e 400 pessoas também protestaram pacificamente na capital chilena contra de Obama e contra o acordo de cooperação em energia nuclear assinado entre os dois governos.
Ele viaja acompanhado da mulher, Michelle, e das duas filhas do casal, Sacha e Malia.

O giro de Obama pela região termina na quarta-feira (23) em El Salvador.

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