Polícia prende três suspeitos de integrar milícia no Rio

Uma operação da Draco (Delegacia de Combate ao Crime Organizado) na manhã desta quarta-feira resultou na prisão de três pessoas --entre elas o vereador Luiz André Ferreira da Silva (PR), conhecido como Deco, suspeito de chefiar um grupo de milicianos em Jacarepaguá, zona oeste do Rio.

Milícia do Rio pode ter planejado morte da chefe da polícia

Também foram presos pela Polícia Civil o advogado Arilson Barreto das Neves, conhecido como Cabeção, e Adilberto Gomes Alves, conhecido como Dequinho.

A Justiça expediu 14 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão, mas apenas os três foram presos até a tarde de hoje. Entre os procurados estão ex-militares e guardas municipais. Ao todo, foram apreendidos R$ 61 mil em dinheiro.

De acordo com a polícia, o vereador nega participação nos crimes. Na casa dele, foram apreendidos computadores, documentos, facas, um veículo Mitsubishi Pajero e um cofre.

As investigações começaram há dois anos, desde a instalação da CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio. Segundo o Ministério Público Estadual, informações apontam que os milicianos planejaram matar o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), presidente da CPI, uma vereadora não identificada e a ex-titular da 28ª DP (Campinho) e atual chefe de Polícia Civil, a delegada Martha Rocha.

O grupo é acusado de cometer os crimes de formação de quadrilha armada, homicídios, tortura, estupros, furto de sinal de televisão e internet, controle no fornecimento de gás, prestação irregular do serviço de transporte alternativo e exploração de máquinas caça-níqueis.

A assessoria do vereador informou que não vai se manifestar enquanto não se inteirar do assunto. A Folha não localizou representantes dos outros presos.

O secretário da Segurança Pública, José Mariano Beltrame, disse que as ameaças feitas a Matha Rocha não têm relevância para essa investigação.

0 comentários: