Países emergentes como o Brasil não causarão um declínio dos EUA e da Europa, diz Obama ao Parlamento britânico

O presidente americano Barack Obama rejeitou nesta quarta-feira em Londres a ideia de que as potências emergentes como o Brasil causarão "um declínio" inevitável da Europa e dos Estados Unidos. Destacando o crescimento econômico de "China, Índia e Brasil", Obama ressaltou que "virou moda perguntar" se o crescimento destes países será acompanhado da queda de influência americana e europeia no mundo.

"Algumas vezes, com este argumento, dizem que estes países representam o futuro e que nossa liderança acabou. Este argumento é errôneo", declarou, reforçando que a aliança das duas potências "continuará indispensável" para se chegar a um mundo mais justo, próspero e pacífico. "Países como a Índia e o Brasil, na verdade, só estão crescendo graças a liderança de americanos e britânicos", ressaltou.

O discurso histórico de Obama reuniu as duas câmaras do Parlamento britânico nesta quarta-feira. É a primeira vez que um presidente americano é convidado a falar em Westminster Hall. Geralmente, o local é restrito aos discursos da rainha Elizabeth II. O tom de sua declaração é destinada a tranquilizar os aliados europeus sobre a importância da relação em um momento no qual temem ser deixados de lado devido à crescente importância que Washington confere a seus laços com a Ásia.

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