2,5 mil famílias vivem sob ameaça de deslizamentos de terra em Caxias do Sul

Áreas de risco estão espalhadas em pelo menos 20 bairros

As mais de 500 mortes provocadas pela enxurrada na região serrana do Rio de Janeiro servem de alerta para a possibilidade de que tragédias em menor escala se repitam na maior cidade da Serra gaúcha. A cada chuva forte e constante, a Defesa Civil redobra a atenção em relação a cerca de 2,5 mil famílias que moram em 75 áreas consideradas de alto risco. Ou seja, locais na zona urbana sujeitos a deslizamentos de terra e, consequentemente, soterramento.

O Plano Municipal de Redução de Riscos indica pontos em 20 bairros onde o solo é instável. É o caso do Cânyon e do loteamento Portinari, na região do bairro Cruzeiro. Em períodos de chuva prolongada, as chances de deslizamentos aumentam porque a maioria das casas são construídas irregularmente e sem estrutura adequada.

O geólogo caxiense Sérgio Roberto Mattana, porém, diz que deslizamentos podem acontecer na cidade da Serra gaúcha, mas em escala muito menor e com menos probabilidades do que em relação ao Estado fluminense.

— O solo do Rio de Janeiro é formado por granito. Essa rocha, quando se decompõe, forma resíduos arenosos. Por ser um material poroso e permeável, a instabilidade aumenta porque a aderência ao solo é baixa. Em Caxias, a composição é de basalto e argila, o que torna a terra firme — diz Mattana.

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