O chaveiro Charleston Souza de Lucena, 38, afirmou neste sábado que foi procurado por Wellington Menezes de Oliveira, 23, atirador do massacre em uma escola do Rio, em janeiro para que o ajudasse a comprar uma arma para se proteger.
Lucena está preso desde ontem sob suspeita de intermediar a venda do revólver calibre 32 usado por Oliveira. Na ocasião, 12 estudantes morreram e outros 12 ficaram feridos. Dez permanecem internados neste sábado, sendo alguns em estado grave.
O acusado, que tem um quiosque nas proximidades da casa de Wellington, em Sepetiba (também na zona oeste), diz que o atirador lhe perguntou se conhecia alguém que pudesse lhe fornecer uma arma para se proteger, já que morava sozinho.
O chaveiro apresentou-o então ao segurança desempregado Izaías de Souza, 48, que por sua vez afirma ter encaminhado Oliveira a um homem chamado Robson, que teria lhe vendido a arma de calibre 32 e cinco munições.
Segundo Lucena e Izaías, Robson foi assassinado no Carnaval deste ano. A polícia investiga se ele realmente existe e como ele teria conseguido o revólver, roubado do proprietário original em 1994.
O chaveiro e o segurança afirmaram que são pais de família e que, se soubessem a finalidade que Oliveira queria dar a arma, jamais teriam intermediado a negociação. Segundo a polícia, cada um recebeu R$ 30 de Wellington, que teria pago outros R$ 200 a Robson.
Lucena e Izaías estão presos desde a noite de ontem. O delegado Felipe Ettore, da Delegacia de Homicídios do Rio, pediu a prisão preventiva dos dois e, segundo a polícia, o decreto foi aceito pelo plantão do Tribunal de Justiça do Rio, durante a madrugada.
A polícia ainda não sabe como o atirador obteve o outro revólver, de calibre 38, com o qual efetuou a maioria dos disparos no massacre de quinta-feira.
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