Sobe para 9 o número de mortos pelo regime em funerais na Síria

Tropas de segurança do ditador sírio Bashar Assad abriram fogo contra milhares de participantes das procissões dos funerais de rebeldes neste sábado, matando no mínimo nove pessoas. Em protesto à onda de violência, dois deputados sírios também renunciaram.

Os disparos teriam ocorrido em dois funerais: em Douma (perto da capital Damasco) e no vilarejo de Izraa. No primeiro, quatro teriam sido mortos pelas forças de segurança sírias. Já em Izraa, cinco pessoas teriam morrido, de acordo com ativistas de direitos humanos.

Segundo testemunhas, cerca de 50 mil participaram dos dois funerais. Não se pôde confirmar o relato porque a Síria expulsou e restringiu o acesso de jornalistas ao país. A testemunha falou sob condição de anonimato por temer represálias.

A renúncia dos parlamentares Nasser Hariri e Khalil Rifai ocorreu para protestar contra a sangrenta repressão das manifestações contra o regime. Ambos alegaram frustração por não poder proteger os eleitores.

CONFRONTOS

Entre hoje e ontem, 120 pessoas teriam morrido, no período mais sangrento desde que começaram as manifestações contra o regime sírio, segundo segundo a ONG Organização Nacional por Direitos Humanos da Síria.

Segundo ativistas da oposição, algumas áreas de Damasco amanheceram cercadas pelo Exército e a polícia, enquanto na cidade central de Homs as autoridades rejeitam entregar os cadáveres a suas famílias até que estas digam à televisão que grupos de salafistas mataram seus filhos.

Não houve pronunciamentos do governo de Damasco sobre os distúrbios.

De acordo com organismos de direitos humanos, cerca de 300 pessoas morreram desde que, em meados de março, se intensificaram os protestos políticos na Síria, que começaram em fevereiro.

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