Um negro, duas mulheres e um judeu homossexual: esse é o Partido Republicano um ano antes da eleição presidencial nos Estados Unidos. O partido de Ronald Reagan, George W. Bush e John McCain foi representado por muito tempo por homens brancos, com pouco espaço para a diversidade. Mas a realidade agora é outra: o sucesso de Barack Obama na eleição de 2008 ampliou o leque de opções entre os pré-candidatos à nomeação republicana no pleito de 2012.
Uma das mudanças mais visíveis é a presença de duas mulheres entre os postulantes à Casa Branca. A congressista Michele Bachmann e a ex-governadora do Alasca Sarah Palin - ambas integrantes do movimento conservador Tea Party -, prometem ser protagonistas do pleito. Michele Bachman já anunciou oficialmente a candidatura e participou na segunda-feira de um debate na TV entre republicanos em New Hampshire. Sarah Palin ainda ensaia seu anúncio.
Até hoje, nenhuma mulher chegou à presidência dos Estados Unidos, cargo ocupado atualmente pelo primeiro negro no posto. Obama, aliás, pode ter um adversário negro em 2012. As pesquisas mais recentes do instituto Gallup mostram Herman Cain, ex-executivo da rede de fast food Godfather's pizza, como o terceiro colocado entre os pré-candidatos republicanos, atrás de Sarah Palin e de Mitt Romney - branco, heterossexual e mórmon.
Mas o próprio Herman Cain minimiza o aspecto racial. "Acredito que a maioria das pessoas já superou o tema da raça. O que importa é que sou um conservador que faz parte da comunidade negra", disse, ao ser questionado sobre a importância de ter um negro entre os candidatos republicanos. Sua candidatura, porém, está longe de ser a mais ousada - Fred Karger quer ser o primeiro judeu homossexual candidato do Partido Republicano à Presidência.
Frisbee - Karger espera levar a mudança em seu partido ainda mais longe. Durante um comício republicano em New Hampshire no fim de semana, o ex-colaborador de Ronald Reagan distribuiu frisbees, ao mesmo tempo em que convidava os membros do partido a se "divertirem mais". Karger afirmou que, no momento, sua estratégia consiste em conseguir participar em um dos debates televisivos para que as pessoas comecem a conhecê-lo.
Com isso, acredita ele, seria possível encarar frente a frente os candidatos mais populares. A batalha de Karger será difícil. Tim Pawlenty, ex-governador de Minnesota e um dos homens brancos e protestantes do partido republicano, foi recentemente aplaudido ao se declarar contra o casamento gay. Mas para o especialista Don Holden,só a presença de Karger na disputa já é suficiente para provar que o partido mudou de verdade desde 2008.
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