Promotoria estuda recorrer de habeas corpus dado a Nenê Constantino

O empresário Nenê Constantino, acusado de crime e preso em Brasília; defesa vai pedir liberdadeO Ministério Público do Distrito Federal avalia recorrer do habeas corpus que foi expedido pela juíza Sandra de Sanctis do Tribunal de Justiça local e que suspendeu o pedido de prisão, em regime fechado, do empresário Nenê Constantino, um dos fundadores da empresa aérea Gol.

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Como o Tribunal de Justiça do Distrito Federal expediu dois decretos de prisão, Constantino ainda permanece preso em regime domiciliar, em sua casa no Lago Sul, região nobre de Brasília.
Segundo o promotor Bernardo Urbano, até o final do dia o Ministério Público deve definir qual medida será adotada --entre elas um novo pedido de prisão em regime fechado. "Nós estamos avaliando as medidas. Essa decisão da juíza é muito complicada", disse.

Constantino é alvo de dois processos que apuram a tentativa de assassinato de seu ex-genro, Eduardo de Queiroz, em 2008, e o assassinato do líder comunitário Márcio Leonardo, em 2001. O empresário é acusado de ser o mandante nos dois casos. Ele nega envolvimento nos crimes.

Os pedidos de prisão foram feitos porque o Ministério Público argumenta que é que o empresário tem atrapalhado as investigações dos crimes. Um dos argumentos apresentando é a tentativa de homicídio de João Marques, no mês passado, uma das testemunhas no caso do ex-genro que confirmou que o empresário foi o mandante dos dois crimes.

João Marques, que seria um dos pistoleiros contratos pelo empresário, levou três tiros na porta de uma casa, em Águas Lindas, Goiás.

Em dezembro, Constantino ficou preso em um hospital de Brasília por quatro dias. Em 2009, ele foi detido em São Paulo pelo assassinato do líder comunitário. Segundo seus advogados, o empresário está com a saúde debilitada.

Um dos maiores empresários do país, Constantino é um dos fundadores da companhia aérea Gol. A tentativa de assassinato do ex-genro teria sido motivado por disputas pelo patrimônio da família.

Eduardo Queiroz Alvez, ex-marido de uma das filhas de Constantino, sofreu um atentado em 2008 quando deixava a Viação Planeta, pertencente ao fundador da Gol. Alvez era um dos diretores da empresa e brigava com a família por causa de uma divisão patrimonial.

Embora tenha participado do conselho que criou a Gol --hoje administrada por seus filhos--, Constantino está afastado desde 2001, informou a companhia aérea.

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