Dispositivo hackeia corpo e toma controle do braço do usuário

Desenvolvido em uma parceria entre a Sony e a Universidade de Tokyo, a PossessedHand (Mão possuída, em uma tradução livre) é um dispositivo que promete revolucionar o ensino de instrumentos. O dispositivo utiliza uma série de eletrodos conectados aos músculos do braço do usuário que, ao receber diferentes impulsos elétricos, controlam de forma totalmente autônoma a movimentação dos dedos.

Embora os sinais não sejam fortes o bastante para fazer com que o usuário segure as cordas de um instrumento, são suficientes para indicar a movimentação correta que deve ser feita. Segundo os desenvolvedores, o dispositivo não deve ser interpretado como um acessório musical, mas sim como uma ferramenta de aprendizado complementar.

Cada um dos músculos conectados à PossessedHand é estimulado a partir de 28 pequenos eletrodos - aqueles que se localizam em camadas mais profundas do braço podem ser movimentados usando níveis de estímulo maiores. Um sistema automático de calibração estabelece relações entre os eletrodos, evitando o envio de sinais conflitantes. Segundo os pesquisadores, a invenção é capaz de movimentar 16 articulações da mão.

Método pouco intrusivo
O aspecto mais surpreendente da PossessedHand é que ele dispensa qualquer tipo de intervenção cirúrgica para funcionar corretamente. Dispositivos que movimentam partes do corpo humano de forma independente não são nenhuma novidade, porém a maioria deles opera a partir de eletrodos inseridos sob a pele e outros métodos que se mostram desconfortáveis ou até mesmo doloridos.

Usuários da novidade relatam que a experiência é semelhante a receber uma massagem relaxante nas mãos. Apesar do aparente conforto, um dos participantes da etapa de testes relatou estranheza ao ver sua mão se movimentando de forma independente, quase como se alguém tivesse hackeado seu corpo.

Críticas da comunidade musical
Embora o objetivo do PossessedHand seja ajudar o aprendizado de instrumentos, membros da comunidade musical criticaram a invenção por considerar que a novidade nada ensina ao usuário. Segundo os críticos, a mão se torna somente uma parte externa do instrumento, enquanto o cérebro permanece passivo, sem adquirir o conhecimento prático dos movimentos realizado.

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